segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Confissão De Natal




    Senhor, tão absorvido estive
    em cuidar daqueles que me entregaste,
    que me esqueci de preparar
    o teu presente de aniversário.
    Agora aqui estou, de mãos vazias,
    calosidades e manchas,
    indeléveis algumas.
    O sofrimento dos que colocaste
    em meu caminho atingiram-me,
     marcaram-me,
    fizeram-me sofrer.
    Dei-lhes meu tempo, minha força,
    meus bens e meu amor.
    Mas, agora, Senhor, quando o mundo te vê
    pequeno e dependente no presépio de Belém,
    sinto-me como  no tempo de criança
    quando papai e mamãe faziam anos:
     triste e alegre.
     Alegre por ser um dia de festa,
     triste porque nada possuía além
     de algumas moedas de metal
     no pequeno cofre de madeira,
     e, então, eu não podia transformar
     em algo concreto o meu amor.

     E agora, no teu dia, Senhor,
     nem mesmo resta o velho cofre.
     Apenas esta vontade de te agradar,
     de te dizer Te amo,
     de pedir perdão pelas mãos vazias.
     Se  ao menos pudesse trazer-te
     todos os sorrisos que vi nascer;
     todas as lágrimas que desapareceram
     de rostos cansados
     porque ouviram falar de Ti;
     todas as flores que recebi
     porque estava executando uma ordem
     Tua....
     Mas, não.
     Estas pequenas preciosidades
     transformaram-se em saudade e gratidão.
     e sentimentos não podem ser trazidos
     em caixa de presentes,
     amarrada com cordões coloridos.
     Por isso é que, no Teu dia de festa,
     duas mãos cansadas se erguem
     para pedir que as encha de novas bênçãos
     e  que lhes dês novas oportunidades de servir,
     pois que, nada tendo para oferecer-te,
     quero sair outra vez proclamando Teu poder
     e Tua bondade.
     Quero ser aquele que leva o recado,
     que executa tarefas humildes,
      que procura retribuir com trabalho servil
       a bênção de ser admitido
       entre aqueles que servem  o grande DEUS.
   

                                                                                         Myrtes Mathias

domingo, 23 de dezembro de 2012

" O Tolo Sábio "

         





      Conta-se que há muito tempo, numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com um idiota da aldeia. Um pobre coitado, que vivia de pequenos biscates e esmolas.
     Diariamente eles chamavam o bobo ao bar aonde se reuniam e ofereciam a ele a escolha de duas moedas: uma grande de quatrocentos réis, e outra menor de dois mil réis.
     Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo risos para todos. Certo dia, um dos membros dos grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
  - Eu sei- respondeu o não tão tolo assim, ele vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais a minha moeda.
     Há várias conclusões para essa pequena narrativa. A primeira: quem parece tolo, nem sempre é. Dito em forma de pergunta: quais eram os verdadeiros tolos da história?
    Outra conclusão: se você for totalmente ganancioso, acabará por estragar sua fonte de renda.Mas a conclusão mais interessante é a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não tem uma boa opinião ao nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.

                                                                                                               Herivelton F. da Silva

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uma Igreja Parlamentarista




       Um dos fatores que mais tem identificado os Batistas na história, é a forma eclesiástica adotada pelas suas Igrejas, isto é, o governo democrático. Os Batistas entendem que  a vontade de Deus é estabelecida pelo que a maioria de seus  membros decidem, respeitando a liberdade de expressão individual de cada um, dessa forma é a Igreja que decide na sua capacidade dada por Deus, de julgar as questões pertencentes a essa vida, seja de caráter moral, espiritual, ou cívica, visando o bem estar de seus membros  e a propagação do evangelho. Más ao longo da história, muitas Igrejas tem perdido sua identidade tanto doutrinariamente, como liturgicamente  e bem como eclesiaticamente, apesar de ainda sustentarem o nome Batista.
      Eu tenho visto uma forma de governo nas Igrejas atuais, que denomino parlamentarista, onde os Diáconos e Líderes formam uma espécie de parlamento, tendo o pastor da Igreja como um primeiro ministro, esse sistema de governo nem Deus  que é o Rei e nem o povo que formam a Igreja tem poder de decisão, mas somente o parlamento ( Diáconos e Líderes ), juntamente com o primeiro-ministro (O Pastor ), que pensam e decide pela a Igreja.
      Infelizmente essa é uma forma de governo que subestima a capacidade dos membros de pensarem, deixando a elite no controle de toda a situação, enquanto a função do povo é apenas obedecer e confiar na visão de seus líderes.
      Uma Igreja Batista não é parlamentarista, e nem uma Igreja parlamentarista é uma Igreja Batista; por isso quando uma Igreja Batista adota esse sistema de governo deveria começar primeiramente mudando de nome, pois sem suas características não tem o porque ostentar o seu nome.


                                                                                                                   Herivelton F. Da Silva

Dez Tipos De Alunos Da E.B.D

      N esses quase vinte anos que ensino na Escola Bíblica Dominical, pude traçar o perfil de cada aluno; primeiro para facilitar...