É impressionante como muitos cristãos e até mesmo pastores usam a Bíblia para defender conceitos pessoais, gerando com isso um conjunto de doutrinas de natureza humana, impedindo que o mundo conheça a verdade sobre Deus revelado em sua Palavra. Existem conceitos pessoais sobre todas as questões existentes, inclusive sobre o divórcio, onde é manifestado o que as pessoas acreditam e não no que Deus revela por meio de sua Palavra. Como o divórcio é um assunto que não há consenso por parte tanto dos leigos como dos estudiosos, tentarei me afastar das opiniões pessoais e expor exatamente o que as Escrituras realmente diz.
Deuteronômio 24 e Mateus 19 estão interligados de forma que o debate entre Jesus e o fariseus surgiu do problema pelo qual o divórcio foi estabelecido. Em Mateus 19 Jesus fala: Do plano original de Deus para o casamento, Da legalidade do divórcio, e o que eles não deveriam fazer.
Gostaria de começar fazendo uma observação em Dt 24:1 como aparece em várias traduções como se ler: " Carta de Repúdio" é certamente uma tradução incorreta, pois não existe "carta de repúdio", existe sim, " Carta de Divórcio". As palavras " Repúdio" e " Divórcio" tem significados diferentes tanto no hebraico como no grego. a palavra para " Repúdio" no hebraico é " Shalach "que significa: mandar embora, abandonar, deixar ir. A palavra hebraica para " Divórcio" e "Keriynuth" que significa: " Cortar o laço do matrimônio" ou seja " Divorciar ". Em Dt 24:1 aparece a palavra hebraica " Keriynuth ".
O Divórcio foi criado na Lei por causa do repúdio, o abuso excessivo dos homens em abandonar suas esposas ou mandá-las embora em vista de outro relacionamento, colocou em perigo de extinção, o conceito verdadeiro de família instituído por Deus,os homens não estavam preparados para pela Fé, colocarem em prática o plano de Deus para a vida familiar. Em Mal. 2:16 aparece a palavra hebraica " Salach " nos dando a tradução correta: " Deus odeia o repúdio " o termo que não é usado para o " divórcio " pois o divórcio está sobre a vontade permissiva de Deus legalizado na Lei.
- NOVO TESTAMENTO
O termo grego usado para " Divórcio " no Novo Testamento é " Apostasion " que equivale o termo hebraico " Kariythuth " que significa propriamente " Algo que se separa " , " Carta de Divórcio ". A palavra grega para " Repúdio " é " Apoluo " que equivale a palavra hebraica " Salach " que significa: Liberar; despedir; deixar partir. Mt 5:32; Mt19:9; Mc 10:11 Nesses textos a palavra usada no grego é " Apoluo " que tem o mesmo significado da palavra hebraica "Salach", esses textos não pode serem traduzidos para a palavra " Divorcio ".
A pergunta feita pelos Fariseus " É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? " tem o seu fundamento nas duas principais escolas Rabínicas que existia no tempo de Jesus, Hilel e Shammai. Tudo que os judeus sabiam do " Divórcio " provinha do único texto da Lei que trata especificamente do assunto, Dt 24:1-4, o que nesse texto se traduz por " Coisa indecente " é uma palavra hebraica que só aparece aqui, ficando difícil a sua interpretação por não sabemos qual o seu alcance, diante dessa situação várias escolas foram formadas para estudar a interpretação dos textos Sagrados tanto nessa questão como em outras existentes, das quais as mais renomadas foram Hilel ( Do qual Gamaliel era neto Atos 5:12) e a escola Shammai.
A escola de Hilel era liberal na questão do " Divórcio "e basicamente interpretava por " Coisa indecente" qualquer coisa que desagradasse ao marido. A escola Shammai era mais conservadora, só permitia o " Divórcio" em caso de " Fornicação ". Os Fariseus queriam saber qual era a posição de Jesus sobre o " Divórcio" em relação as duas escolas rabínicas, Ele era de opinião liberal como Hilel ou de opinião conservadora como a escola de Shammai ?
Jesus em vez de tomar partido manifesta o propósito para o qual o casamento foi instituído. Deus não criou o divórcio quando instituiu o casamento, o casamento foi instituído para funcionar dentro de uma sociedade sem o pecado e de maneira insolúvel.
Deus criou o casamento para que o homem e a mulher pudessem viver o seu propósito no princípio de uma só carne, onde duas pessoas se tornam uma e nessa unidade constituída por Deus ambos pudessem alcançar as bênçãos de Deus para a seio familiar.
Então perguntou os Fariseus: Porque nos mandou Moisés dar-lhe carta de Divórcio e repudiá-la? Jesus passa a mostrar que o divórcio é um mandamento de concessão e não de ordem, o pecado levou os homens a tentar invalidar a instituição Divina se tornando insensíveis ao plano de Deus. Parece que o mandamento foi dado para proteger os direitos das mulheres que eram tratadas como objeto dos desejos dos homens, visto que na Lei só os homens podiam divorciar-se. O "separar" faz parte da natureza do pecado expressada pela dureza do coração humano, e o "unir" faz parte do propósito de Deus demonstrado através do matrimônio. " O que Deus uniu não separe o homem"
Então Jesus prossegue explicando que se um homem "repudiar" sua mulher sem o uso do mandamento de concessão da Lei e casar com outra, comete o pecado, e quem casar com a repudiada também comete pecado. O "divórcio" não deve ser usado para situações que a natureza humana julga conveniente para a separação e sim na situação onde à aliança entre o homem e a mulher é quebrada por meio da infidelidade conjugal, parece que o " Divórcio" só é justificado na quebra da aliança que ambos fizeram perante Deus. Mateus 19:9.
O Divórcio é um remédio amargo que só deve ser usado para debelar um estado de morte, ele é equivalente a uma amputação para um corpo que está com infecção generalizada, ou se tira aquele pedaço que é a causa da infecção ou todo o corpo vai morrer. Nesse caso a amputação deve ser um mal menor para um mal maior que está acontecendo, ninguém tem que se divorciar. Só divorcia divorciados, quando uma pessoa toma a decisão de divorciar no papel é porque no seu coração já está divorciado, o divórcio é a última instância na solução de um problema.
Herivelton F. da Silva
O termo grego usado para " Divórcio " no Novo Testamento é " Apostasion " que equivale o termo hebraico " Kariythuth " que significa propriamente " Algo que se separa " , " Carta de Divórcio ". A palavra grega para " Repúdio " é " Apoluo " que equivale a palavra hebraica " Salach " que significa: Liberar; despedir; deixar partir. Mt 5:32; Mt19:9; Mc 10:11 Nesses textos a palavra usada no grego é " Apoluo " que tem o mesmo significado da palavra hebraica "Salach", esses textos não pode serem traduzidos para a palavra " Divorcio ".
A pergunta feita pelos Fariseus " É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? " tem o seu fundamento nas duas principais escolas Rabínicas que existia no tempo de Jesus, Hilel e Shammai. Tudo que os judeus sabiam do " Divórcio " provinha do único texto da Lei que trata especificamente do assunto, Dt 24:1-4, o que nesse texto se traduz por " Coisa indecente " é uma palavra hebraica que só aparece aqui, ficando difícil a sua interpretação por não sabemos qual o seu alcance, diante dessa situação várias escolas foram formadas para estudar a interpretação dos textos Sagrados tanto nessa questão como em outras existentes, das quais as mais renomadas foram Hilel ( Do qual Gamaliel era neto Atos 5:12) e a escola Shammai.
A escola de Hilel era liberal na questão do " Divórcio "e basicamente interpretava por " Coisa indecente" qualquer coisa que desagradasse ao marido. A escola Shammai era mais conservadora, só permitia o " Divórcio" em caso de " Fornicação ". Os Fariseus queriam saber qual era a posição de Jesus sobre o " Divórcio" em relação as duas escolas rabínicas, Ele era de opinião liberal como Hilel ou de opinião conservadora como a escola de Shammai ?
Jesus em vez de tomar partido manifesta o propósito para o qual o casamento foi instituído. Deus não criou o divórcio quando instituiu o casamento, o casamento foi instituído para funcionar dentro de uma sociedade sem o pecado e de maneira insolúvel.
Deus criou o casamento para que o homem e a mulher pudessem viver o seu propósito no princípio de uma só carne, onde duas pessoas se tornam uma e nessa unidade constituída por Deus ambos pudessem alcançar as bênçãos de Deus para a seio familiar.
Então perguntou os Fariseus: Porque nos mandou Moisés dar-lhe carta de Divórcio e repudiá-la? Jesus passa a mostrar que o divórcio é um mandamento de concessão e não de ordem, o pecado levou os homens a tentar invalidar a instituição Divina se tornando insensíveis ao plano de Deus. Parece que o mandamento foi dado para proteger os direitos das mulheres que eram tratadas como objeto dos desejos dos homens, visto que na Lei só os homens podiam divorciar-se. O "separar" faz parte da natureza do pecado expressada pela dureza do coração humano, e o "unir" faz parte do propósito de Deus demonstrado através do matrimônio. " O que Deus uniu não separe o homem"
Então Jesus prossegue explicando que se um homem "repudiar" sua mulher sem o uso do mandamento de concessão da Lei e casar com outra, comete o pecado, e quem casar com a repudiada também comete pecado. O "divórcio" não deve ser usado para situações que a natureza humana julga conveniente para a separação e sim na situação onde à aliança entre o homem e a mulher é quebrada por meio da infidelidade conjugal, parece que o " Divórcio" só é justificado na quebra da aliança que ambos fizeram perante Deus. Mateus 19:9.
O Divórcio é um remédio amargo que só deve ser usado para debelar um estado de morte, ele é equivalente a uma amputação para um corpo que está com infecção generalizada, ou se tira aquele pedaço que é a causa da infecção ou todo o corpo vai morrer. Nesse caso a amputação deve ser um mal menor para um mal maior que está acontecendo, ninguém tem que se divorciar. Só divorcia divorciados, quando uma pessoa toma a decisão de divorciar no papel é porque no seu coração já está divorciado, o divórcio é a última instância na solução de um problema.
Herivelton F. da Silva