quinta-feira, 4 de abril de 2013

Vida de Mariposa





       O diretor de um museu de entomologia de South Wales  mostrou uma vez uma "mariposa sem boca", que não tem sistema digestivo e, pois, nenhuma forma de absorver comida, morrendo de inanição poucas horas depois de pôr seus ovos. A Natureza destinou a esta mariposa apenas a reprodução, isto é, deposita seus ovos e transmite a vida da espécie. Uma vez feito isto, ela não tem mais qualquer razão para continuar vivendo e está programada para morrer. Seremos assim também? Viveremos apenas para produzir filhos, para perpetuar a espécie humana? E, uma vez feito isto, será nosso destino desaparecer para deixar lugar para a próxima geração? Ou terá a nossa existência um propósito além do simples existir? O fato de estarmos vivos tem importância? Nosso desaparecimento deixaria o mundo mais pobre ou apenas menos povoado? não são perguntas abstratas, próprias para conversas de reuniões sociais em torno de coquetéis. São perguntas desesperadamente urgentes. Ficamos doentes, e com medo se não as pudermos responder.
      Haverá alguma coisa mais na vida do que simplesmente estar vivo - comer, dormir, trabalhar e ter filhos? Não seremos diferentes dos insetos e dos outros animais, a não ser porque fomos criados com a capacidade de perguntar: "O que significa a vida?", enquanto, pelo que sabemos, as outras criaturas não têm este problema? São perguntas difíceis de responder mas, mais ainda, de evitar. Por alguns anos, talvez, possamos postergar as respostas, enquanto estivermos ocupados com a educação, com a carreira e com as decisões sobre o casamento. Nas primeiras décadas de nossa vida, os outros têm mais a nos dizer do que nós mesmo. No entanto, mais cedo ou mais tarde, nos deparamos face a face com estas perguntas. Que devo fazer da minha vida? De que forma devo viver, para que minha vida signifique algo mais que um simples lampejo de existência biológica, que logo desaparecerá para sempre?
      Uma pessoa só poderá encontrar o significado da vida Naquele que o criou, que fez cada um de nós  para um propósito. Só quando percebemos o propósito para o qual fomos criados é que  entendemos o significado da vida, e vivemos mais do que o simplesmente  existir.

                                              
                                                                                                              Herivelton F. da Silva 

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