Eu poderia criar teses sobre o casamento baseado na minha
própria experiência conjugal, e através delas defender os meus interesses na
família. Más isso seria de minha parte puro egoísmo, em querer que o meu
casamento funcionassem em torno de mim.
Más defendo princípios que dar ao homem e mulher a
responsabilidade de cumprir com os seus deveres, de usufruir de seus direitos,
e serem felizes dentro dessa instituição criada por Deus chamada família.
Um certo dia eu me encontrei com um amigo que há tempo eu não
o via, e perguntei-lhe sobre os sua vida,trabalho, esposa e filhos,e onde havia
se estabelecido nesse tempo ausente. Ele me explicou tudo com muita satisfação,
más quando chegou no quesito família, com um semblante caído me disse: que havia se separado! E já havia seis meses, e que estava tentando
reconstruir a sua vida novamente. Eu perguntei-lhe o que havia acontecido! E
ele me disse que tinha sido vítima de traição, e que um homem por nome Alberto que morava em seu
bairro, havia destruído o seu lar.
Eu disse para ele que isso era impossível, não o fato da
esposa ter cometido traição, e sim desse homem ter destruído o seu lar. Ele me
pediu que eu explicassem melhor! Eu disse que ninguém fora do lar, por mais
astuto que seja, por mais sedutor e perspicaz
que demonstre ser, não tem capacidade de destruir um lar, as únicas pessoas que podem destruir um lar,
são aquelas que estão do lado de dentro dele.
O lar é constituído de duas portas, e não me refiro a porta
da frente e a porta dos fundos da casa, e sim as portas de responsabilidade que
cada um recebe; esposo e esposa quando esse lar é gerado. Uma porta de
responsabilidade do homem e uma porta de responsabilidade da mulher.
Tudo que entra ou saí do lar é de responsabilidade de
ambos, os filhos não tem
responsabilidades, e sim as desenvolvem baseado nos princípios ensinado pelos
pais, o lar é o Edén dos filhos onde eles devem aprender bem, antes de sair
para o mundo. Quando um cônjuge negligencia a sua porta de responsabilidade,
ele termina por deixar entrar no lar vírus, aonde vai infectar à aliança
matrimonial estabelecida, colocando a
família em risco.
Um traição por exemplo começa com uma porta aberta, aonde
uma terceira pessoa passa a fazer parte da vida amorosa de um dos cônjuge. Em
muitos casos essa porta aberta, ocorre pelas necessidades não supridas pelo
cônjuge que fica no estado de vítima, e
em outros casos a porta aberta tem a ver com a própria pessoa que abriu.
Satanás tentou destruir o primeiro lar, possivelmente por
meio de Adão, como não teve sucesso em
sua investida, pois Adão defendeu a sua porta com muita determinação e
convicção. O diabo introduziu o vírus mortal do pecado através de Eva, que
negligenciou a sua porta de responsabilidade e por meio dela fez Adão
desobedecer a Deus.
Essa coisa de transferência de culpa começou com o primeiro
casal depois do pecado, Adão culpou Eva, e Eva culpou a Serpente, e como não
tinha ninguém para a Serpente por a culpa, acabou ficando com ela sozinha. Adão
poderia ter salvado o seu lar se estivesse rejeitado o pecado, e como
representante de Deus teria desinfectado o seu lar e restaurado a pureza de volta.
Satanás não pode destruir um lar se houver resistência por parte do casal; a
Bíblia diz: " ...resisti o diabo e ele fugirá de vós" más essa
resistência só se torna possível quando há sujeição a Deus. ( Tg 4:7 ).
As vezes é muito fácil culpar as pessoas do lado de fora do
lar pelas coisas que acontecem dentro dele, tirando dos nossos ombros toda
responsabilidade que pertence somente a nós, pessoas do lado de dentro do lar,
ou seja esposo e esposa, que são responsáveis pelas coisas que acontecem nele.
Herivelton F. da Silva
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