domingo, 21 de junho de 2020

Série: Cânticos Na Bíblia - O Cântico de Débora






- Débora era juíza em Israel, ela tinha a co-regência de Baraque filho de Abinoão que executava a parte militar de seu governo (Jz 4:4-6). Débora era também profetisa, isso que dizer que ela não só julgava as questões políticas da nação más também as questões espirituais, ela é a única mulher na Bíblia com estatus de Juíza . O cântico de Débora que cantou junto com Baraque, foi devido a Vitória e libertação do povo de Israel de um julgo de vinte anos de Jabim rei de Canaã que tinha Sísera como general de seu exército ( Jz 4:2 ). E a terra sossegou por quarenta anos.
A estrutura do cântico de Débora pode ser organizada da seguinte forma:
  1. Início de louvor (vers. 2,3).
  2. Invocação ao Senhor (vers. 4,5).
  3. Desolação sob os opressores (vers. 6-8).
  4. O agrupamento das tribos (vers. 9-18).
  5. A batalha no rio Quisom (vers. 19-23).
  6. A morte de Sísera (vers. 24-27).
  7. A narrativa sobre a preocupação da mãe de Sísera (vers. 28-30).
  8. Desfecho final (vers. 31).

- Juízes 5

“Consagrem-se para a guerra
    os chefes de Israel.
Voluntariamente o povo se apresenta.
    Louvem o Senhor!

 “Ouçam, ó reis!
Governantes, escutem!
Cantarei ao Senhor, cantarei;
comporei músicas ao Senhor,
    o Deus de Israel.

 “Ó Senhor, quando saíste de Seir,
quando marchaste
    desde os campos de Edom,
a terra estremeceu, os céus gotejaram,
as nuvens despejaram água!
 Os montes tremeram
    perante o Senhor, o Deus do Sinai,
    perante o Senhor, o Deus de Israel.

 “Nos dias de Sangar, filho de Anate,
    nos dias de Jael,
as estradas estavam desertas;
os que viajavam seguiam
    caminhos tortuosos.
 Já tinham desistido
    os camponeses de Israel,
    já tinham desistido,
até que eu, Débora, me levantei;
levantou-se uma mãe em Israel.
 Quando escolheram novos deuses,
    a guerra chegou às portas,
e não se via um só escudo ou lança
    entre quarenta mil de Israel.

Meu coração está

    com os comandantes de Israel,
com os voluntários dentre o povo.
    Louvem o Senhor!

 “Vocês, que cavalgam
    em brancos jumentos,
que se assentam em ricos tapetes,
que caminham pela estrada, considerem!
 Mais alto que a voz
    dos que distribuem água
    junto aos bebedouros,
recitem-se os justos feitos do Senhor,
os justos feitos
    em favor dos camponeses de Israel.

“Então o povo do Senhor
    desceu às portas.
 ‘Desperte, Débora! Desperte!
Desperte, desperte, irrompa em cânticos!
Levante-se, Baraque!
Leve presos os seus prisioneiros,
    ó filho de Abinoão!’

 “Então desceram os restantes
    e foram aos nobres;
o povo do Senhor
    veio a mim contra os poderosos.
 Alguns vieram de Efraim,
    das raízes de Amaleque;
Benjamim estava com o povo
    que seguiu você.
De Maquir desceram comandantes;
de Zebulom, os que levam
    a vara de oficial.
 Os líderes de Issacar
    estavam com Débora;
sim, Issacar também estava
    com Baraque,
apressando-se após ele até o vale.
Nas divisões de Rúben
    houve muita inquietação.
 Por que vocês permaneceram
    entre as fogueiras
    a ouvir o balido dos rebanhos?
Nas divisões de Rúben
    houve muita indecisão.
 Gileade permaneceu
    do outro lado do Jordão.
E Dã, por que se deteve
    junto aos navios?
Aser permaneceu no litoral
    e em suas enseadas ficou.
 O povo de Zebulom arriscou a vida,
como o fez Naftali
    nas altas regiões do campo.

 “Vieram reis e lutaram.
Os reis de Canaã lutaram
    em Taanaque, junto às águas de Megido,
mas não levaram prata alguma,
    despojo algum.
 Desde o céu lutaram as estrelas,
desde as suas órbitas
    lutaram contra Sísera.
 O rio Quisom os levou,
    o antigo rio, o rio Quisom.
Avante, minh’alma! Seja forte!
 Os cascos dos cavalos
    faziam tremer o chão;
galopavam,
    galopavam os seus poderosos cavalos.
 ‘Amaldiçoem Meroz’,
    disse o anjo do Senhor.
‘Amaldiçoem o seu povo,
    pois não vieram ajudar o Senhor,
ajudar o Senhor contra os poderosos.’

 “Que Jael seja
    a mais bendita das mulheres,
Jael, mulher de Héber, o queneu!
Seja ela bendita entre as mulheres
    que habitam em tendas!
 Ele pediu água, e ela lhe deu leite;
numa tigela digna de príncipes
    trouxe-lhe coalhada.
 Ela estendeu a mão e apanhou
    a estaca da tenda;
e com a mão direita
    o martelo do trabalhador.
Golpeou Sísera, esmigalhou sua cabeça,
    esmagou e traspassou suas têmporas.
 Aos seus pés ele se curvou,
    caiu e ali ficou prostrado.
Aos seus pés ele se curvou e caiu;
    onde caiu, ali ficou. Morto!

 “Pela janela olhava a mãe de Sísera;
    atrás da grade ela exclamava:
‘Por que o seu carro
    se demora tanto?
Por que custa a chegar
    o ruído de seus carros?’
 As mais sábias de suas damas
    respondiam,
e ela continuava falando consigo mesma:
 ‘Estarão achando e repartindo
    os despojos?
Uma ou duas moças
    para cada homem,
roupas coloridas
    como despojo para Sísera,
roupas coloridas e bordadas,
    tecidos bordados
    para o meu pescoço,
tudo isso como despojo?’

 “Assim pereçam
    todos os teus inimigos, ó Senhor!
Mas os que te amam sejam como o sol
    quando se levanta na sua força”.

E a terra teve paz durante quarenta anos.


                                               

                                                                                Herivelton F. da Silva


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