sábado, 27 de agosto de 2016

Andando Por Cima Das Águas


                                                             Mateus 14:22-36



    Quando eu ponho os meus pés sobre águas logo sou tomado pelo medo, mesmo Jesus permitindo que eu caminhe ao seu encontro. O medo é devido eu pensar que andar pelas águas provém de um merecimento que está ligado ao meus talentos e dons, e não pelo poder de Cristo.

     Então sinto o balanço das águas, o barulho do vento associada a escuridão da noite, e o meu ser se enche de insegurança e pavor, logo os meus olhos são desviados de Cristo que me espera com as mãos estendidas ao longo do banco.
      Quando começo afundar, percebo que tudo aquilo que eu pensava que me mantinha por cima das águas, é exatamente o que faz o meu corpo descer para o seu abismo, e se não fosse a Graça e Misericórdia de Jesus em segura-me pela mão, logo teria afundado na minha vaidade, vanglória, e confiança própria, e hoje eu seria um submerso nas águas das vida.
      O mar como tudo na vida faz parte do nosso cotidiano, está a nossa volta, e é o nosso excesso de confiança em nós que nos fazem naufragar nele, andar por cima das águas exige que os nossos olhos estejam voltados para Jesus, caminhando em sua direção. O medo que nos rodeia só toma conta de nós quando tiramos o nosso olhar Dele, independente para onde são desviados.
       O fracasso consiste em acreditar nos nossos próprios recursos para dar cada passo firme em direção a Jesus, quando a firmeza dos passos está em receber a dádiva que Ele nos concedeu para caminhar em sua direção. A Fé não somente tem início Nele, como é aperfeiçoada por Ele, para que conservemos os nossos olhos fixo ao caminhar ao seu encontro.
        Está no barco pode ser seguro, más parece um pouco incômodo, gera um estado de acomodação, de amor próprio, fica no barco representa o nosso medo de sair para vida, amedrontados pela escuridão da noite, pelas tempestades e agitação das águas.
       Sair do barco em direção a Jesus é uma atitude de Fé, mesmo ela sendo pequena e rodeada de terrores, é capaz de nos conduzir na direção certa com o olhar em Jesus autor e consumador da nossa Fé.
       No passado já olhamos para Ele para sermos salvos, no presente precisamos continuar olhando para Ele para manter os nossos pés por cima das águas, e no futuro olharemos para Ele assim como Ele é, como Ele é seremos.



                                                                                                      Herivelton F. da Silva

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A Convicção Nasce Da Dúvida







   Todos nós antes de vimos a Cristo, já nos deparamos no caminho da dúvida, a dúvida é uma condição caracterizada pela ausência da certeza, convicção, quanto a uma ideia, fato, ação, asserção ou decisão. A dúvida está na bifurcação entre a certeza e a incerteza. O benefício da dúvida está na investigação que se estabelece em busca da verdade, de respostas que autentifiquem a verdade ou confirmem a inverdade de uma situação. Quando encontramos a verdade sobre aquilo que foi desacreditado por nós, isso gera convicção, e essa convicção se torna mais genuína do que aquela que aceita os fatos sem contestação.  A dúvida consiste na suspensão do julgamento, dada a ausência de razões para afirmação ou negação, esse tipo de dúvida nós chamamos de dúvida especulativa. É da dúvida especulativa que nasce a convicção, pois busca estabelecer a verdade através das descobertas dos fatos. Existe também a dúvida cética,que é aquela que o indivíduo não pretende encontrar a verdade, segue o caminho da incerteza e tentar fortalecer argumentos contra os fatos permanecendo na incredulidade.Quero tomar  como exemplo o apóstolo  Tomé.
 Após Jesus ter aparecido aos apóstolos, estando ausente Tomé, este duvidara veemente de que Jesus havia manifestado-se aos apóstolos. "Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo em seu lado, de maneira nenhuma crerei."


 - Em primeiro lugar, a dúvida de Tomé representa a dúvida de todos os discípulos

 - Os apóstolos não creram na palavra das mulheres (Mat 28:7-8, 24:11). 
 - As mulheres não acreditaram na palavra do anjo (João 20:1-2). 
 - Mas Pedro e João acreditaram quando viram o túmulo vazio (João 20:7-8).
 - Alguns apóstolos continuaram duvidando depois que Jesus apareceu pela primeira vez a eles (Mat 28:17).

 Só na segunda vez que Jesus aparece a todos eles e se dirige a Tomé, pois foi o único que verbalmente expressara incredulidade, é que Jesus apresenta as provas irrefutáveis da ressurreição, e em todos nasce a convicção genuína. A dúvida que mora na encruzilhada da certeza e incerteza só se transforma em convicção quando segue os fatos. São os fatos que revelam a verdade daquilo que a nossa mente não consegue enxergar a sua veracidade:

 - Na dúvida, Pedro e João foram ao túmulo, e suas dúvidas foram desfeitas com túmulo vazio.  ( João 20:3).
 - Na dúvida, os discípulos foram para o local onde Jesus designara, e suas dúvidas foram desfeitas com a presença gloriosa do mestre (Mt 28:16).

 Todos buscaram os fatos, e cuidadosamente investigaram os acontecimentos para que fossem conduzidos à convicção verdadeira. 
A incredulidade de Tomé encontrou nas marcas dos sofrimentos de Jesus a base necessária para se transformar em convicção genuína. Tomé duvidou da ressurreição não apenas para que ele e os discípulos tivessem uma fé sólida. Tomé duvidou para que nós pudéssemos crer de forma mais autêntica, e para que os inimigos do evangelho tivessem uma prova incontestável de que Cristo ressuscitou.
 Por último, Jesus ensina algo glorioso a Tomé e os discípulos presentes: fé não é ver aquilo que está diante dos olhos, mas é enxergar aquilo que os olhos não podem ver. Fé é enxergar todas as coisas no plano de Deus e não ver limites para sua vontade soberana. Imediatamente, a fé aniquilou a incredulidade, e a convicção a dúvida, a certeza a incerteza, quando Tomé com convicção genuína expressou: "Senhor meu, Deus meu".


                                                                                                                 Herivelton F. da Silva

Dez Tipos De Alunos Da E.B.D

      N esses quase vinte anos que ensino na Escola Bíblica Dominical, pude traçar o perfil de cada aluno; primeiro para facilitar...